Leucoencefalopatia reversível posterior pós eclampsia

Autores

  • Anabela Fernández Intensivista e Cardiologista. Coordenador da Unidade de Ensino de Obstetrícia de Alto Risco (UDA) e Coordenador da Unidade de Cardiologia do C.T.I. do Hospital Central das Forças Armadas (H.C.FF.AA.). https://orcid.org/0000-0001-8362-1846
  • Jorge Castelli Intensivista. Coordenador do Setor Multiuso do Centro de Cuidados Especiais do H.C.FF.AA. https://orcid.org/0000-0002-9086-4915
  • Julio Citera Ginecotologista. Chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do H.C.FF.AA.
  • Risel Suárez Ginecologista, membro da Unidade de Obstetrícia de Alto Risco do H.C.FF.AA.
  • Anela De Armas Intensivista. Coordenador de Cuidados Intermediários no H.C.FF.AA., membro da Unidade de Obstetrícia de Alto Risco.
  • Gladys Germano Ginecologista, membro da Unidade de Obstetrícia de Alto Risco do H.C.FF.AA.
  • Martín Mojoli Ginecologista, membro da Unidade de Obstetrícia de Alto Risco do H.C.FF.AA. https://orcid.org/0000-0002-2418-3775

DOI:

https://doi.org/10.35954/SM2015.34.1.6

Palavras-chave:

Pré-eclâmpsia; Eclâmpsia; Centros de Gravidez e Parto; Período Pós-parto; Hipertensão; Encefalopatias

Resumo

Descrevemos o caso clínico de uma paciente feminina de 14 anos que apresentou síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível póseclâmpsia (RPLS) no puerpério precoce. Esta síndrome foi clinicamente evidenciada e também foi detectada tomograficamente. A RPLS ocorre em múltiplas entidades clínicas, incluindo a eclampsia. A paciente apresentou eclampsia às 38 semanas de gestação, e a gravidez foi interrompida por cesariana de emergência. No terceiro dia, ela teve um episódio repetido de convulsão que diminuiu com a administração de sulfato de magnésio. Posteriormente, ela desenvolveu amaurose bilateral e paresia do membro superior direito. Duas tomografias cranianas mostraram edema vasogênico da matéria branca na área cerebral posterior, que se reverteu após 72 horas tanto clínica como tomograficamente. O tratamento foi precoce, as convulsões foram controladas e a hipertensão arterial foi tratada. A síndrome foi revertida e o paciente ficou sem seqüelas. No caso de um paciente com eclampsia com outros distúrbios neurológicos, o SLPR deve ser levado em conta e a hipertensão deve ser controlada rapidamente para evitar que progrida para um infarto cerebral.

Recebido para revisão: dezembro de 2014

Aceito para publicação: Março de 2015

Correspondência: 8 de Octubre 3020 C.P. 11600, Montevidéu, Uruguai. Tel: (+598)24876666 ramal 3330.

E-mail de contato: anabelafm@telefonica.net

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

(1) Hinchey J, Chaves C, Appignani Bet, et. al. A reversible posterior leukoencephalopathy syndrome. N Engl J Med 1996; 334(8):494-500.

(2) Garg R. Posterior leukoencephalopathy syndrome. Postgrad Med J 2001; 77(903):24-8.

(3) Schwartz R, Jones K, Kalina P, Bajakian R, Mantello M, Garada B, et al. Hypertensive encephalopathy: findings on CT, MR imaging and SPECT imaging in 14 cases. Am J Roentgenol 1992; 159(2):379-8.

(4) Jarosz J, Howlett D, Cox T, Bincham J. Cyclosporine related reversible posterior leukoencephalopathy: MRI. Neuroradiology 1997; 39(10):711-5.

(5) Kamar N, Kany M, Bories P, Ribes D, Izopet J, Durand D, Rostaing L. Reversible posterior leukoencephalopathy syndrome in hepatitis virus C positive long-term hemodialysis patients. Am J Kidney Dis 2001; 37(4): E29.

(6) Castelli J, Medina J, Greco G, Roca A.Leucoencefalopatía secundaria a neurotoxicidad por anticalcineurínicos. V Jornadas Internacionales de Neurointensivismo, 2013 junio 12-15; Buenos Aires. Argentina.

(7) ACOG Committee on Obstetric Practice. Practice bulletin no. 33: diagnosis and management of preeclampsia and eclampsia. Obstetrics & Gynecology 2002; 99(1):159-167.

(8) Hirshfeld-Cytron J, Lam C, Karumanchi SA, Lindheimer M. Late postpartum eclampsia: examples and review. Obstet Gynecol Surv 2006; 61(7):471-80.

(9) Servillo G, Bifulco F, De Robertis E, Piazza O, Striano P, Tortora F, et al. Posterior reversible encephalopathy syndrome in intensive care medicine. Intensive Care Med 2007; 33: 230-6.

(10) Stott V, Hurrell M, Anderson T. Reversible posterior leukoencephalopathy síndrome: a misnomer reviewed. Intern Med J 2005; 35(2):83-90.

(11) Prasad N, Gulati S, Gupta RK, Kumar R, Sharma K, Sharma RK. Is reversible posterior leukoencephalopathy in patients with severe hypertension completely reversible in all patients? Pediatr Nephrol 2003; 18(11):1161-8.

(12) Report of de National High Blood Pressure Education Program Working Group on High Blood Pressure in Pregnancy. Am J Obstet Gynecol 2000; 183(1):S1-S22.

(13) Domínguez R. Famulari A, Vila J. Leucoencefalopatía: la frontera entre lo reversible y lo persistente. Rev Neurol 1997; 25(148):2074.

(14) Cunningham F, Twickler D. Cerebral edema complication eclampsia. Am J Obstet Gynecol 2000; 182(1Pt 1):94-100.

Publicado

2015-06-30

Como Citar

1.
Fernández A, Castelli J, Citera J, Suárez R, De Armas A, Germano G, et al. Leucoencefalopatia reversível posterior pós eclampsia. Salud Mil [Internet]. 30º de junho de 2015 [citado 5º de novembro de 2025];34(1):41-5. Disponível em: https://revistasaludmilitar.uy/ojs/index.php/Rsm/article/view/198

Edição

Seção

Casos Clínicos

        PlumX Metrics

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>