Gravidez de gêmeos em uma paciente com cardiomiopatia dilatada
DOI:
https://doi.org/10.35954/SM2025.44.2.7.e503Palavras-chave:
cardiomiopatia dilatada, complicações cardiovasculares na gravidez, gravidez gemelar, Miocárdio /diagnóstico por imagen, volume sistólicoResumo
Introdução: Há poucos relatos sobre mulheres com miocardiopatia dilatada que decidiram engravidar, pois pessoas com essa patologia são desaconselhadas a engravidar. Caso isso ocorra, deve ser avaliado por uma equipe multidisciplinar com cautela, devido ao risco de insuficiência cardíaca, arritmias e/ou outras complicações que aumentam a morbimortalidade materno-fetal.
Caso clínico: Relatamos o caso de uma paciente de 31 anos portadora de miocardiopatia dilatada, com fração de ejeção do ventrículo esquerdo por ecocardiograma de 38%, que teve uma gravidez gemelar de alto risco.
Resultados: A gravidez foi interrompida na 34ª semana, obtendo-se dois recém-nascidos sem patologias e com boa evolução materna.
Discussão: As gestantes com miocardiopatia dilatada e fração de ejeção do ventrículo esquerdo reduzida têm maior risco de complicações, como insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, arritmias potencialmente perigosas, morte súbita, parto prematuro e morte fetal. Na gravidez gemelar, o risco aumenta devido ao maior aumento do volume sanguíneo e à demanda adicional sobre o coração.
Conclusões: A avaliação e o acompanhamento de uma paciente grávida com miocardiopatia dilatada devem ser realizados por uma equipe multidisciplinar especializada em obstetrícia e cardiologia.
Nota: este artigo foi aprovado pelo Comitê Editorial.
Recebido para avaliação: fevereiro de 2025.
Aceito para publicação: junho de 2025.
Correspondência: 8 de outubro 3020, CEP 11100. Tel.: (+598) 24876666 ramal 3330. Montevidéu, Uruguai.
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